Do colorido da nossa amizade


Me acostumei com o teu jeito incongruente de ser.
Me adaptei aos defeitos, não mais estranhos que os meus.
Claro, ainda me espanta tua honestidade quase imoral,
mas no fundo, em tua paradoxal sinceridade faz-me especial.

Sem muito esforço pude te denominar amigo,
Mas, pra ser sincera, não compartilho tamanha sinceridade.
Talvez pudéssemos nos pintar em nossas próprias cores,
Talvez pudéssemos pintar amores em nossa vaidade.

Nossas almas por incontáveis vezes já despimos.
E, para dizer a verdade, é bem melhor assim!
Todos aqueles desnecessários apetrechos excluímos,
Jogando fora aqueles medos, vaidades e segredos.

Eis uma sugestão: poderíamos aos corpos também despir.
Tão naturalmente, ao suave toque de um de repente.
Um pensamento: Poderíamos aprender a viver intensamente.
E por um breve momento tudo poderia ser para sempre.





Obs. Poesia escrita em algum ponto de 2013 ou começo de 2014. Inspirado em G.H.J., dedicado ao mesmo, ainda que ele jamais saiba disso, pois a paixão se foi e a amizade ficou.